Streaming faz indústria lucrar após 20 anos. Artistas ficam de fora da festa

Segundo IFPI, serviço cresceu 45% e superou, pela primeira vez, arrecadação com formatos físicos

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A propagação dos smartphones e à maior oferta de serviços de assinatura de alta qualidade foram os maiores motivos do crescimento

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), em 2015, a arrecadação com serviços de streaming cresceu 45%, levando os lucros obtidos por meio de formatos digitais a superarem, pela primeira vez na história, as vendas físicas.

A explosão no consumo não está resultando numa remuneração justa para artistas e gravadoras

O resultado foi responsável por reverter 20 anos de queda na indústria da música, afirmou o executivo-chefe da IFPI, Frances Moore. "Após duas décadas de declínio quase ininterrupto, 2015 registrou marcos-chave: crescimento mensurável das receitas a nível mundial, explosão do consumo de música por toda parte, e receitas digitais superando os rendimentos de formatos físicos pela primeira vez", disse.

Os dados da IFPI apontam que as receitas digitais tiveram alta de 10,2%, alcançando 6,7 bilhões de dólares - resultado que compensou a queda na venda de formatos físicos. Ao todo, os lucros globais obtidos pela indústria da música aumentaram 3,2% no último ano, chegando a 15 bilhões de dólares. O executivo é otimista e defende que os números "refletem uma indústria que se adaptou à era digital e ficou mais forte e inteligente."

Maaassss, ao contrário do que você possa imaginar, o resultado ($$$) recorde não está chegando nas mãos dos artistas. Segundo o executivo da IFPI, o streaming está próximo a superar o faturamento com downloads e estima-se que mais de 60 milhões de pessoas já pagam por um serviço de música, porém "a explosão no consumo não está resultando numa remuneração justa para artistas e gravadoras".

Moore defendeu que seja uma legislação para evitar que serviços de streaming estejam imunes à violação de direitos autorias, como ocorre atualmente, já que, em muitas plataformas, os usuários postam seus próprios conteúdos.

Ficaremos atentos aos próximos passos dessa história, mas, por enquanto, o que vemos é que, apesar do lucro recorde com formatos digitais, artistas não viram a cor do dinheiro e ficaram de fora da festa. Tem algo de errado nisso, não acham?

 

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