Sabia que o kuduro pode ter sido inspirado em Van Damme?

Cientista social fala sobre a história do gênero angolano e sua relação com funk carioca

Ator belga teria inventado o Kuduro em

A primeira vez que a cientista social Debora Costa de Faria* viu algo relacionado ao kuduro foi em 2008. Naquele ano, um programa da Rede Record promoveu um concurso que oferecia dez mil reais e uma viagem a Angola para o telespectador que melhor dançasse as músicas do gênero.

“Lembro de ter ficado parada em frente à TV e ter achado tudo aquilo muito curioso, pois, sempre me chamaram atenção as ondas e modas sonoras que emergem, criam novos ídolos e a apreciação por novas sonoridades”, conta.

A Angola tem crescido vertiginosamente principalmente em virtude da exploração de recursos minerais, como petróleo e diamantes. O kuduro tem sido tomado como um dos ícones culturais desse país que cresce e se moderniza.

Com o passar do tempo, a curiosidade da cientista social pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) passou a se tornar objeto de pesquisa. Como já havia feito um trabalho de conclusão de curso sobre o funk, Debora resolveu partir para um estudo comparativo entre o gênero brasileiro e o kuduro angolano. A tese rendeu um trabalho de mestrado, que desenvolveria nos próximos anos.

Em 2012, visitou a Kuduro International Conference (KIC), em Luanda, conferência internacional para discutir o gênero musical. Ao longo dos anos de pesquisa, Debora reuniu muita informação sobre a história do Kuduro e sua relação com o funk carioca. Inclusive, ficou sabendo que o kuduro pode ter sido inspirado em uma cena do filme Kickboxer, O desafio do dragão. Lembra daquela dancinha do Jean-Claude Van Damme?

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Moozyca: De onde vem o nome kuduro?

Debora Faria: Para nós falantes de português, “kuduro” (que antes de tomar a forma de escrita atual, era grafado cu duro), tem uma clara referência à bunda dura e ao movimento dos quadris, elementos fundamentais, mas, não os únicos – já que o rosto, as pernas, os braços são todos usados na criação meticulosa das coreografias –, para a constituição da dança que sempre acompanha as músicas do gênero. A curiosidade aqui é que Tony Amado, um dos precursores do kuduro, afirma ter se inspirado em uma cena do filme Kickboxer, O desafio do dragão (Mark DiSalle e David Worth, 1989) - na qual o ator belga Jean-Claude Van Damme dança embriagado, a partir do som saído de uma jukebox –, para criar suas danças e as primeiras músicas que carregam a palavra kuduro em suas composições. Nessa versão, a música teria surgido para acompanhar os passos reiventados pelo músico.

(...) vale lembrar que essa música ganhou variantes no Brasil, com o cantor Latino e a dupla Robson Moura e Lino Kriss, responsáveis por “Dança com tudo”, tema de abertura da novela Avenida Brasil (2012). O ponto a ser destacado é que conversei com alguns músicos de kuduro durante a pesquisa e, embora eles reconheçam que tais iniciativas divulguem o gênero para além das terras angolanas, acreditam que músicas como essas se distanciam da sonoridade que o gênero tem hoje. Para além de todas essas discussões, há uma outra explicação bastante interessante da historiadora norte-americana Marissa Moorman, pois, ela demonstra que “cu” em quimbundo, uma das línguas nacionais angolanas, tem relação com o “lugar”. E, nesse sentido, ela identifica uma articulação entre a música, a dança, a vida dura e as dificuldades pelas quais os angolanos têm passado ao longo dos anos.

O gênero pode ser entendido, nesse sentido, como uma forma de apresentar ao mundo uma perspectiva de Angola diferente daquela a qual ela está atrelada no imaginário estrangeiro. Pode ser entendido como uma das expressões mobilizadas para destacar uma Angola atual

Qual a origem do kuduro?

Existem diferentes narrativas de origem do gênero. Quem criou? Onde nasceu? São perguntas que ainda permeiam as discussões de alguns kuduristas. São alguns aqueles que reivindicam para si o título de pioneirismo ou invenção do gênero, entretanto, os polos de discussão têm se concentrado entre dois deles, Tony Amado e Sebem. Essa “disputa” acaba por fomentar uma outra, aquela que se concentra em definir o lugar no qual o kuduro teria sido criado, já que o primeiro coloca-se como residente dos musseques (os bairros pobres de Luanda, comumente comparados às favelas brasileiras), e o outro declara ter sido criado em uma zona urbanizada da mesma cidade.

Apesar disso, a ideia de que o kuduro tenha surgido nas classes médias angolanas é bastante corrente. Ainda assim, naquele congresso em que estive presente [Kuduro International Conference (KIC)], um dos momentos nos quais os ouvintes (a maior parte deles, kuduristas), mais se agitavam era quando alguém fazia tal afirmação. Nessa versão da história, ele teria surgido nos clubes do centro da cidade de Luanda, a partir das experimentações dos jovens que tinham entrado em contato com a música eletrônica e a tecnologia de produção musical na Europa e queriam levar essas sonoridades para as terras angolanas. Isso aconteceu nos anos 1990, momento no qual o país passava por uma guerra civil, que apesar dos períodos de cessar-fogo, perdurou por aproximadamente 30 anos.

O que representa o kuduro hoje para a sociedade angolana?

Embora continue a enfrentar alguns problemas sociais e de infraestrutura (as desigualdades são gritantes e o país ainda está sendo reconstruído após os longos anos de conflitos), a Angola tem crescido vertiginosamente principalmente em virtude da exploração de recursos minerais, como petróleo e diamantes. O kuduro tem sido tomado como um dos ícones culturais desse país que cresce e se moderniza e ao qual não interessa ser lembrado pelas atrocidades da guerra ou pelas cenas de pobreza, muito comuns nos noticiários não apenas quando o tema é a Angola, mas, os países africanos de maneira geral.

A sonoridade do kuduro e a imagem de seus produtores estão em profundo diálogo com os processos de globalização e com a ideia de modernidade e tecnologia trazidas por ela. O gênero pode ser entendido, nesse sentido, como uma forma de apresentar ao mundo uma perspectiva de Angola diferente daquela a qual ela está atrelada no imaginário estrangeiro. Pode ser entendido como uma das expressões mobilizadas para destacar uma Angola atual, como no projeto “Os kuduristas”, cuja ideia era apresentar a cultura do país no exterior, com destaque para a dança e a música kuduro, considerada a primeira música eletrônica produzida não apenas na Angola, como também na África. Além disso, as pesquisadoras alemãs Stefanie Alisch e Nadine Sierget entendem o gênero como uma forma a partir da qual a angolanidade contemporânea pode ser pensada, assim como um modo criativo de lidar com os traumas da guerra.

Quem são os expoentes mais fortes do kuduro atualmente? Quais os artistas e tendências do momento?

É difícil pensar apenas nos destaques atuais, é até um pouco arriscado, ainda mais considerando a quantidade de kuduristas surgidos a todo momento em Angola. Aparentemente Karliteira é um dos kuduristas que “está a bater”, por conta do sucesso que obteve com as músicas “Botão” e “Mostra a tua mãe”, durante o ano de 2014. Mas, há destaques para outros como Rei Loy, um dos expoentes de uma vertente recente do gênero, o “kuduro lamento”, definido por ele como um kuduro com melodia  e, W. King, uma figura muito interessante porque aposta na inserção dos elementos do reggae, tanto na sonoridade, quanto nas referências do vestuário e nas composições.

Além deles, há também kuduristas que têm flertado com o afrohouse, seja criando versões para as músicas de kuduro, como no caso do já mencionado Karliteira ou ainda usando elementos do kuduro associado a essas batidas em seus trabalhos como Lima do Swag e Cabo Snoop. Este, em 2010 ficou super conhecido não apenas em Angola, mas, em outros países africanos, por conta do hit “Windeck” que lhe rendeu inclusive apresentações na Europa e o prêmio da MTV Base, como Melhor Artista Lusófono. Essa música foi ainda trilha de abertura e também deu nome a uma novela angolana (a primeira trama africana a ser televisionada aqui no país, pelo canal TV Brasil). Como disse, a história do kuduro é geralmente contada a partir da ideia de gerações, mas essas não se excluem pois, mesmo com o passar do tempo e o surgimento de novos artistas, há kuduristas que têm mantido certa visibilidade e ainda são fonte de inspiração. Sebem e Tony Amado são sempre lembrados por serem pioneiros do gênero, mas, há também o Puto Prata, Os Lambas, a Titica, Bruno M e a Noite e Dia. No kuduro, os produtores e DJs como Satélite, Znobia, Killamu e Hochi Fu são também peças fundamentais para a constituição do gênero, já que estão por trás das produções de alguns de seus grandes sucessos. Mas, como disse, esses são apenas alguns nomes dentro de um meio no qual a todo momento surgem novos artistas.

A sua pesquisa aponta para algumas semelhanças entre o kuduro e o funk brasileiro. Onde estão essas semelhanças?

Embora eles tenham sido criados em contextos históricos e culturais bastante específicos, em ambos pode ser percebida a capacidade de constituírem-se ao mesmo tempo de características globais e locais, a partir das quais algo novo é criado. A outra semelhança é que boa parte das músicas conhecidas hoje são produzidas por jovens das e nas periferias de grandes centros urbanos. Essa produção é muitas vezes feita em pequenos estúdios, com computadores pessoais, tecnologia barata ou pirateada. O uso das tecnologias e softwares de produção e divulgação de música, além da utilização de formas alternativas de comunicação e disseminação de seus trabalhos, tendo como grande aliados a internet e o mercado informal são também características partilhadas entre os dois. No caso do kuduro, os candongueiros são ainda parte fundamental para a propagação dessa música, pois, esse meio de transporte similar às lotações brasileiras toca as novidades do gênero enquanto leva as pessoas pelas ruas de Luanda.

Rei Loy, um dos expoentes do “kuduro lamento”Tanto o funk do Brasil quanto o kuduro de Angola, apesar da marginalidade inicial, têm conquistado espaços nos meios de comunicação e entre as camadas mais abastadas dos lugares onde foram criados. Chamam atenção ainda de DJs e produtores internacionais, podendo até mesmo ser considerados como representantes da música eletrônica de seus países e, nesse sentido, estariam, consequentemente, em diálogo com as tendências internacionais.

Além disso, os dois gêneros são importantes porque dão visibilidade aos músicos dentro e fora das comunidades onde vivem, possibilitando transformações pessoais e sociais em suas vidas e nas de seus familiares. Por fim, ambos em alguma medida, são vistos como uma alternativa ao crime ou ao trabalho formal.

Quais seriam as diferenças?

Parece haver pelo menos uma diferença fundamental entre os dois, pois, enquanto os produtores de funk brasileiro, de algum modo, ainda lutam para que ele seja reconhecido enquanto cultura por alguns setores da sociedade, o kuduro, mesmo que não seja uma unanimidade, tem alcançado cada vez mais espaço na sociedade angolana e é passível de ser apresentado como um produto vibrante, fruto de uma Angola contemporânea e conectada com o restante do mundo. É curioso que estive presente em um ciclo de debates sobre o funk aqui em São Paulo, organizado pelo encontro Estéticas das Periferias, e, em uma das discussões, uma menina angolana se levantou para afirmar que não entendia porque o gênero brasileiro não era considerado cultura já que em Angola o kuduro era cantado até pelo filho do presidente.

No começo o funk brasileiro contava com letras mais politizadas, tratando de assuntos como injustiças sociais, trabalho, exploração, etc. Hoje, boa parte das letras tratam de assuntos menos politizados e são mais voltadas à diversão. Essa mudança também ocorreu com o kuduro?

Há uma variedade de temas que compõem as letras de kuduro e, assim como acontece com o funk brasileiro, esses temas convivem de alguma forma. Nesse ambiente tão variado, o cotidiano acaba por ser o elemento norteador das composições. Embora alguns pesquisadores pontuem que as letras de kuduro são, de maneira geral, pouco politizadas, para além das canções menos combativas, há aquelas nas quais as percepções críticas sobre os contrastes da sociedade angolana e os anseios por melhores dias estão expressos, como no caso de Dog Murras ou como na proposta de um kuduro consciente trazida por MC Sacer.dot.

Lil Pasta, o Sacerdote do Kuduro (Foto: Debora Costa de Faria)Há ainda letras nas quais as relações com os amigos e o bairro onde vivem, os conflitos e problemas cotidianos, além das relações nem sempre amistosas que têm com outros kuduristas são parte das músicas. Há outras caracterizadas por mensagens positivas, moralizantes e de incentivo ao trabalho e aos estudos, por exemplo. Além disso, existem aquelas nas quais são destaques a valorização da cultura angolana, do próprio kuduro e da conexão que seus produtores têm com ele. Outra coisa interessante é que embora as letras sejam em sua maioria em português, elas abrem espaços para o calão angolano e o uso de expressões provenientes das línguas locais, como o quimbundo. No kuduro, há abertura também para a constituição de modos particulares de canto e de fala, como o “portuguesaire”, uma forma exagerada de expressar o português, criado por Presidente Gasolina e Príncipe Ouro Negro, componentes da dupla Os Namayer.

Como os conflitos em angola influenciaram o Kuduro?

Assim como o Brasil, a Angola foi colônia portuguesa, porém, no país africano essa dominação permaneceu até 1975, ano de sua independência. Os conflitos gerados pela luta de libertação foram, entretanto, logo sucedidos por outros, cujo motivo era a disputa pelo comando do país e a concepção de constituição de uma nação. De um lado estava o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), apoiado por Cuba e, de outro, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) amparado por África do Sul e Estados Unidos. Havia ainda um terceiro grupo, o FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), derrotado logo no início dos combates. O MPLA, à época um partido de orientação marxista-leninista e, ainda hoje no poder, venceu a batalha – se é que se pode considerar vencida uma guerra com números alarmantes de pessoas mortas, amputadas ou deslocadas de suas terras –, terminada oficialmente em 2002.

A guerra civil gerou muitas consequências, uma delas foi a movimentação de jovens que queriam fugir dos combates e do recrutamento forçado e encontrar melhores condições de estudo e trabalho fora do país; para isso, emigraram principalmente para Portugal, justamente o lugar a partir do qual foram abertas aquelas possibilidades de conhecimento de novas sonoridades e técnicas de produção musical. A guerra gerou também um outro movimento interno, o dos angolanos que saíam das zonas rurais, em direção à cidade de Luanda, atingida de forma menos direta pelos conflitos. Lá, muitos deles encontraram como espaços de moradia, os musseques, lugares de onde despontam a maioria dos kuduristas atualmente e, o cenário para boa parte das imagens que acompanham os videoclipes do gênero. Apesar dessa disputa, é sempre mais interessante adotar a perspectiva da interação, foi isso que tentei durante a dissertação, pensar as conexões e mediações feitas entre periferia e centro, local e global.

O kuduro é, nesse sentido, fruto dessas articulações que permitem que tanto os movimentos corporais quanto a música sejam influenciadas por gêneros musicais angolanos como a kizomba e o semba (danças urbanas de salão), além das músicas de carnaval. A essas referências somam-se a música eletrônica internacional, como o techno e a house music, além da soca, música latino-americana. Todos esses elementos articulados pela inventividade angolana têm transformado o kuduro em um dos movimentos culturais urbanos mais importantes do país.

Qual a mudança da música angolana com o fim da guerra civil no país?

A mesma historiadora mencionada na resposta anterior destaca que o período de lutas pela libertação do país teve como trilha sonora, a partir dos anos de 1960 e 1970, o semba, gênero angolano formado a partir da articulação entre elementos locais e estrangeiros, produzindo, deste modo, uma sonoridade cosmopolita. Essa música foi fundamental para pensar a consciência nacional, a identidade angolana e o sonho de constituição de uma nação. Era uma espécie de escape em relação ao controle político e econômico português, revertido em efervescência e autonomia culturais angolanas.

A guerra civil gerou muitas consequências, uma delas foi a movimentação de jovens que queriam fugir dos combatesCom a ascensão do MPLA, em meados dos anos 1970, que tinha alguns desses produtores entre seus partidários, essa música, também produzida nos musseques, além de “ser boa para dançar”, por sua forte consciência política e conexão com as condições de seu tempo, como aponta Marissa Moorman, foi tomada como uma espécie de música de Estado, uma plataforma política associada às questões de interesse nacional. Entretanto, com o passar do tempo e a abertura econômica, na metade da década de 1980, o Estado deixa de patrocinar os músicos que se dedicavam ao semba. Apesar desta diminuição no controle ter trazido algumas dificuldades de produção para os músicos daquele gênero, este fato viabilizaria por um lado, sua renovação enquanto música nacional. Por outro lado, também tornaria possível que manifestações culturais, não vinculadas ao Estado e com menor necessidade de uma grande estrutura de produção musical, como o kuduro, pudessem surgir e tornar-se também um modo pelo qual a identidade angolana contemporânea pudesse ser pensada (...)

O kuduro está ganhando o mundo?

Há algum tempo DJs e produtores estrangeiros têm inserido não apenas o kuduro, como outros gêneros de música eletrônica produzidos na periferia, nos sets que apresentam em todo mundo. Em uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, no ano de 2007, o DJ Camilo Rocha chamou atenção para esses mediadores denominados “globalistas”, sendo um dos destaques, Wayne Marshal, também conhecido como Wayne&Wax. Para ele, esse tipo de música destaca-se por sua estética emergente e justamente por conta da criatividade surgida a partir das fusões entre gêneros locais e globais, em um fenômeno que ele acabou por chamar de global ghettotech. Apesar de suas implicações, muitas delas negativas, esse não é a único modo de tratar esse tipo de música, world music 2.0, tropical bass e global bass, são outras categorias externas que tentam nomear uma série variada de músicas eletrônicas produzidas em contextos urbanos, periféricos e situados fora dos Estados Unidos e da Europa Ocidental. O norte-americano Diplo e o alemão Daniel Haaksman são alguns dos mais conhecidos nomes interessados nesse tipo de sonoridade.  Com relação ao kuduro, o DJ Fréderic Galiano destaca-se, pois, além de levar sua sonoridade para a Europa, compilou pelo menos duas coletâneas dedicadas ao gênero, Kuduro Sound System (2006) e Kuduro Sound System by Galliano (2009)...

 

* Debora Costa de Faria integra desde 2007 o VISURB, Grupo de Pesquisas Visuais e Urbanas da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH/Unifesp). Na mesma instituição cursou graduação e mestrado em Ciências Sociais onde defendeu em 2014, a dissertação O local e o global no funk brasileiro e no kuduro angolano. Este trabalho propôs investigar as articulações entre o local e o global levando em consideração dois gêneros musicais populares e periféricos seja pela localização geográfica nas grandes cidades onde são criados, seja por sua posição na indústria da música. A partir da investigação do funk brasileiro e do kuduro angolano, a pesquisa de mestrado procurou entender o modo como essas manifestações culturais por um lado apropriam-se criativamente de referências globais e, por outro, alcançam espaços fora dos contextos nos quais são produzidos.

 

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