DJ e produtor Felipe Soares lança disco autoral

“Últimos Melhores Dias” traz influências de soul, funk e jazz; Soares trabalhou com Emicida, Rael e Rodrigo Ogi

Capa “Últimos Melhores Dias”, por João Bolan

Na noite de ontem, quinta-feira (10/3), Felipe Soares apresentou seu primeiro disco de produção autoral “Últimos Melhores Dias”, com influências de soul, funk e jazz. O disco conta com oito canções e estará disponível em todas as plataformas digitais a partir de segunda.

Felipe Soares, atualmente DJ do músico Rael, é reconhecido na cena do rap nacional por parcerias com nomes como Emicida, Rodrigo Ogi e Nathy Mc. O produtor soma referências de artistas como Pete Rock, Marvin Gaye, Errol Garner e Jim Hall. E mostra sua essência além de batidas de rap, agora com sonoridade fluída, mais leve, quase matinal em algumas canções.

“Tanto na harmonia como nas letras, tudo nesse disco me representa, ele é o que eu sou”, comenta.

As vozes ficam por conta dos MCs Caio Pimenta Neri (Elo da Corrente), DonCesão, Henrick Fuentes, TAVN e Luana Gaudy. Participam ainda Victor Fão e Bruno Duprê, com arranjos, Léo Grijó (Haze Sounds) que assina a mixagem de uma das músicas e masterização de todas as faixas.

Gostei muito da estética do disco. Maduro, bastante musical. Curto bastante essa ideia de música instrumental que está presente nas produções. Inspira a criar melodias e versos.

Pela primeira vez, Felipe Soares assina além da produção uma letra, da canção “Vento”, cantada por Luana Gaudy. “Essa música é uma metáfora, o vento é o elemento principal, descrito como se fosse capaz de soprar para longe as coisas ruins da vida. Algumas coisas na vida só o tempo pode curar, nesse caso, me refiro ao vento como elemento que representa essa transição, a ação do tempo”, comenta.

Em paralelo ao lançamento de “Últimos Melhores Dias”, Soares segue como DJ ao lado do músico Rael, com quem trabalha desde o final de 2013. Seu trabalho mais recente como produtor aconteceu ao lado de Léo Grijó, com a cantor Lay, no single “Ghetto Woman”, lançado em dezembro de 2015.

Como produtor, algumas músicas marcaram sua carreira, como “Não Vejo a Hora”, do rapper Emicida, lançada em 2010 e “A Dama e o Vagabundo”, de Nathy MC em parceria com o rapper Rodrigo Ogi, lançada em 2009. Felipe Soares também produziu o primeiro disco solo de Nathy MC, na época integrante do grupo “Pulse 011”, em 2009.

Hip hop na adolescência

Nascido na Vila Antoniêta, Zona Leste de SP, foi na adolescência que Felipe Soares iniciou o contato com o hip hop e conheceu o turntablism – termo criado em 1995 pelo DJ e produtor filipino-americano Babu, membro de respeitados grupos internacionais da cena como Dilated Peoples, Rakaa Iriscience e Evidence, para diferenciar DJs que apenas reproduzem músicas, de profissionais que as manipulam com uso de turntable fonógrafo e mixer.

Segundo o DJ e produtor, a cultura hip hop é a sua faculdade. “O rap me proporcionou conhecer a poesia, como DJ comecei a me interessar por pesquisa musical e por quem fazia a cena acontecer, produtores, gravadoras, outros artistas dessas gravadoras”, comenta. O graffiti e a dança foram para Soares portas para novos conhecimentos. “Outros elementos que fazem parte dessa cultura me fizeram abrir a mente, comecei a conhecer mais sobre artes plásticas e corporais, enxergar a beleza e a contestação dentro dessas formas artísticas”.

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