Era um dia quente de setembro, quando D. Pedro saiu para o seu passeio matinal. Enfiou pelas canelas uma cueca limpinha que a criada havia lhe entregado e comeu metade do corpo de um frango do dia anterior. Nesse dia, saiu para caminhar e comprar alguma cachaça para a festa que faria naquela noite. Mas mal sabia ele que o frango lhe cairia mal e um “piriri” alteraria o rumo da sua jornada. E não apenas o rumo de sua jornada, mas a própria história do Brasil.
A sua escapadinha para o mato, ao contrário do que muitos historiadores citam em seus estudos clássicos, foi acompanhada de um grupo de músicos, o mesmo que tocaria na festa que D. Pedro promoveria naquela noite. Tudo indica que o desarranjo do grande Dom o deixou de cócoras por aproximadamente trinta minutos – o tempo de sete músicas –, enquanto a trupe de músicos ensaiava o repertório.
Fontes confidenciais do Moozyca afirmam que, após limpar-se dos efeitos da diarreia, ao ouvir a sétima música naquele sete de setembro, D. Pedro levantou o arco de um violino e gritou: “Regência de sorte”, frase que foi interpretada erroneamente por passantes como “Independência ou morte”. Confira abaixo o repertório completo da cagadinha do D. Pedro:
1. Mário de Andrade - Lundu (século XIX)
2. Eu Nasci Sem Coração - Anônimo (Séc. XVIII)
3. José Lemos Countertenor "Gerineldo"
4. Romance da bela infanta (Quinteto Armorial)
5. Marizápalos A Lo Humano / Marinícolas: Paródia de Gregório de Matos
6. Matais de incêndios- Antônio Marques Lésbio
7. Anônimo Da Bahia (1759) - Cantata Herói, Egrégio, Douto, Peregrino - Marília Siegl - Ária