Já é! Novo disco do Arnaldo Antunes tá zyca demais e dá pra ouvir de graça

Aos 55 anos, o compostor lança 16º disco de sua carreira solo

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Pra mim, “Já é” mostra que o compositor tem muito potencial ainda para ser explorado, e que seu nome no grupo dos grandes artistas brasileiros continua a ser inquestionável.

No fim de setembro, o cantor e compositor Arnaldo Antunes lançou o aguardado álbum de inéditas “Já é”, seu 16º disco solo. O trampo mantém a qualidade habitual do artista, mas sem repetir trabalhos anteriores. Para a felicidade dos fãs, o álbum pode ser ouvido gratuitamente no Spotify.

O disco começa com a música Põe fé que já é, que teve um teaser liberado antes do lançamento do CD. Esta faixa expõe uma identidade do músico de brincar com as palavras de maneira limpa, clara e com a maestria já conhecida pelos seus fãs.

Seguindo com o álbum, temos as faixas Antes, Naturalmente, Naturalmente e Se Você Nadar, munidas de belas letras e reflexões do artista sobre a vida. Já na quinta música do álbum, Peraí, Repara, que conta com a participação de Marisa Monte, Arnaldo invoca a carência tribalista, apresentando uma linda canção que parece uma extensão do grandioso trabalho produzido pelos Tribalistas (2002), que, além da dupla, contava com Carlinhos Brown.

Na música seguinte, chamada Óbitos, o reggae come solto servindo de base para a letra que denuncia os abusos dos poderosos. Depois ele alivia na música O Metereologista, uma canção romântica que fala sobre a vontade de estar com a pessoa amada.

Avançando mais um pouco, temos A Dança, faixa com um tom mais introspectivo, com a construção de bonitas imagens por meio de observações e reflexões do cotidiano. Já a nona música, Saudade Farta, é de notória simplicidade e fala de saudade.

A décima faixa do play, As Estrelas Sabem, tem um arranjo fantástico, com um belo piano acompanhando por um violino e uma letra carregada de melancolia. Uma linda canção! Na sequência vem As Estrelas Cadentes, mais uma romântica, mas, dessa vez, os vieses são desilusão e superação.

Na fissura, a décima segunda música, é um pop rock de audição prazerosa. A décima terceira canção denomina-se Azul e Prateado; nela Arnaldo trabalha uma construção de imagens fortes e chamativas, que abordam, em uma das interpretações possíveis, o esforço para se agradar a pessoa amada.

Na sequência, temos Só Solidão, faixa que fala sobre como é se sentir sozinho em meio à multidão, sentimento cada vez mais comum hoje em dia. E por fim, temos Aqui Onde Está, uma canção espetacular, cuja letra se apresenta quase que como um mantra, ressaltando pensamentos e reflexões do poeta.

Bom, é isso. Agora a fita é ouvir e tirar suas próprias conclusões. Pra mim, “Já é” mostra que o compositor tem muito potencial ainda para ser explorado, e que seu nome no grupo dos grandes artistas brasileiros continua a ser inquestionável.

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