Como será o bolachão do futuro?

O Moozyca selecionou novidades tecnológicas que poderão fazer parte da sua vida em breve

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Já pensou em ouvir música pela bunda?

Em um desses dias, estava voltando do trabalho e peguei um metrô com dois meninos – um mais velho e um mais novo – que discutiam sobre o Ipod do garotinho. O mais velho perguntou ao mais novo qual era a memória do seu aparelho e o outro menino respondeu: 16 Giga. Então, o mais velho disse que dentro daquele aparelhinho deveria caber uma casa cheia de K7s de música. Com uma cara de espanto, o mais novo se virou e perguntou “K o que”?

Essa pequena crônica mostra como as tecnologias evoluem rapidamente, mudando a forma como as pessoas se relacionam com a música. Boa parte das mudanças possibilita maior mobilidade e conforto aos ouvintes. Veja a seguir 5 novidades que poderão ser os bolachões do futuro.

1 - Música cutânea?

Já pensou em ouvir música pela bunda? Essa não é nenhuma proposta sexual, é apenas o desenvolvimento do designer espanhol Rodrigo Garcia Gonzalez. Numa dessas noites de inspiração, ele teve a idéia de criar um aparelhinho chamado Wow, que é acoplado ao selim da bicicleta. A sua bugiganga transforma a música em vibrações, que são captadas pelos ossos dos glúteos e transmitidas pela coluna até os ouvidos. Segundo o estudante, o objetivo é resolver um problema enfrentado por ciclistas. "É difícil ouvir música enquanto se pedala, porque você também precisa dos seus ouvidos para saber onde os carros estão", diz Gonzalez. Com o crescimento do número de ciclovias no Brasil, em breve, esse poderá ser um item básico da sua mochila.

2 - Rede social com fones de ouvido

Saca aquelas rodas de violão na frente de uma fogueira? Serei apocalíptico, mas essa prática está prestes a acabar entre meninões de apartamento! Uma dupla de antigos estudantes de engenharia da Universidade de Berkeley, na Califórnia, se uniu para tornar o hábito de ouvir música em fones de ouvido uma prática social. A ideia do Arc, o fone de ouvido criado pela Wearhaus, é simples:  por meio de um app, o usuário pode ver qual música as pessoas próximas a ele estão escutando e se juntar a elas, ou tocar sua própria música, deixando-a disponível para quem quiser ouvir também. Fones que estiverem tocando a mesma música imediatamente exibem a mesma coloração em um aro lateral de LED. A ideia cria uma espécie de rede social de música por meio de um dispositivo tão conhecido: o fone de ouvido. Pelo site oficial, os jovens Richie Zeng e Nelson Zhang tentam convencer entusiastas a financiarem o projeto comprando antecipadamente o aparelho.

3 - Falante atrás dos ouvidos

Já pensou em tirar dois pedaços de plástico dentro dos ouvidos? Em Michigan (EUA), uma companhia apostou em um fone diferente: o Sound Band. O aparelho dispensa o uso de alto-falante e usa uma tecnologia chamada surface sound emiters – pequenas caixas de som localizadas atrás da orelha. O dispositivo permite ao usuário se manter conectado com o mundo mesmo ouvindo músicas ou fazendo uma ligação do smartphone. Os usuários do equipamento não precisam mais tirar os fones quando vão conversar com alguém. Por enquanto, ainda é um protótipo no Kickstarter, mas não muito longe de ser lançado.

4 – O som do seu humor

Não sei se dá pra confiar em um aparelho que chama (isso mesmo) Mico, mas vamos lá... A japonesa Neurowear, empresa que já criou uma tiara com “orelhas de gato” que reagem ao humor do usuário, está desenvolvendo um fone de ouvido com a mesma tecnologia de leitura cerebral. O dispositivo seleciona as músicas de acordo com as emoções do usuário. A invenção japonesa usa a tecnologia de encefalografia, que lê as ondas cerebrais do usuário e cria uma programação musical baseada nas leituras. A ideia é que o gadget programe músicas que reforcem o estado de espírito ou o alterem. E dale chinforínfola!

5 - De olho nas nuvens

Ouvir música pela internet não é nenhuma novidade. Mas o sistema streaming, que oferece um enorme acervo de música mediante pagamento mensal, parece ter vindo para mudar a forma como as pessoas ouvem música. Em 2014, o streaming ilimitado de músicas do Google Play finalmente desembarcou no Brasil. O serviço, conhecido no exterior como Google Play All Access, chega para competir com Spotify, Deezer e Rdio com uma biblioteca de mesma proporção, com 30 milhões de faixas, mas com uma oferta de lançamento agressiva: qualquer pessoa poderá experimentar por 60 dias sem custo algum - 90 dias para usuários da Samsung. O Google garante conteúdo local graças a parcerias fechadas com as principais gravadoras e selos independentes do país. “O serviço de assinatura conta com uma equipe local focada exclusivamente em montar listas para o público nacional, indicando desde os principais hits até bandas e músicas novas que vale a pena conhecer”, diz a empresa em comunicado à imprensa.

 

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